O mundo da moda é feito sempre da última. A última nas rodas e conversas tem sido a questão dos grandes conglomerados de moda. O movimento, que teve início a mais ou menos 20 anos atrás, vem crescendo constantemente e hoje em dia chega a ser uma verdade concretizada, que vem atraindo cada vez mais as posições de status e poder no mundo da moda, alem das atenções de grandes investidores e da imprensa. Nascia há 20 anos atrás a semente do que viriam a ser os grandes conglomerados de moda.
A idéia dos conglomerados de luxo, cada vez mais presentes no cotidiano de quem gosta, trabalha ou depende da moda, é que com a moda cada vez mais globalizada, cada dia foi se tornando mais necessário fazer parcerias milionárias entre grandes marcas, com o propósito de produzir mais e distribuir para todas as partes do mundo. A idéia deu certo. E tem sido a grande responsável pelo aumento estrondoso do faturamento de alguns desses recém-nascidos impérios da moda e das marcas. O maior deles é o LVMH (a união das grandes Moët Hennessy e Louis Vuitton), comandado pelo poderoso empresário francês Bernard Arnauld, que foi o precursor da idéia de tornar o luxo, um atrativo campo de exercício para o mercado financeiro.
O objetivo tornou-se a criação de produtos de excelente qualidade, em grande quantidade, acessíveis ao que seria uma classe média alta em escala global, mas suficientemente raros para conservar a aura de exclusividade e o preço elevado. . O LVMH engloba diversos segmentos do negócio do luxo, compreendendo fabricantes de roupas, perfumes, jóias, relógios e bolsas, e também produtores de vinho e lojas de departamento diferenciadas, como Le Bon Marché e Samaritaine. Em seu portifólio estão atualmente algo em torno de 50 marcas – entre Moët Chandon, Hennessy, Louis Vuitton , Fendi, Givenchy, Kenzo, Marc Jacobs, Donna Karan, perfumes Dior, além da fantástica rede de cosméticos Sephora – justificando sua posição de maior holding de artigos de luxo do mundo.
Além do gigante LVMH, existem outros grupos como Pinault-Printemps Redoute (PPR) e Richemont, que foram concebidos também há menos de vinte anos, e são responsáveis por comandar as grifes mais glamurosas do mundo, bancando as criações desfiladas em paris, Londres, Milão, nova York e permitindo que marcas históricas como Pucci, Yves Saint Laurent e Louis Vuitton, continuem existindo.
No Brasil, o primeiro grupo a iniciar esta prática foi o AMC têxtil que pertence à família Menegotti. A família de Santa Catarina, que já era dona da empresa Menegotti Malhas, comprou as marcas Sommer, de Marcelo Sommer e Colcci, de Lila Colzani. Hoje eles também compraram as marcas Carmelitas, o licenciamento da linha têxtil da Coca-Cola e, mais recentemente as marcas do grupo TF, Triton, Forum, Forum TufiDuek eTufiDuek. Segundo Alexandre Menegotti, diretor do grupo, a AMC é hoje o maior conglomerado de moda do Brasil. Outro grupo que também vem crescendo é o InBrands, holding que cuida de toda a parte logística e financeira das grifes Ellus, 2nd Floor e Isabela Capeto.
Neste ano estima-se que o faturamento da empresa será de 500 milhões de reais, e em dois anos pretendem duplicar este faturamento. A grande promessa do grupo, segundo Nelson Alvarenga, um dos sócios da holding, é fazer com que as marcas não percam sua identidade. Não perder a identidade foi também a afirmação feita pela AMC ao fechar contrato com o grupo de Tufi Duek.
O próprio Tufi ficou encarregado de toda a direção de criação e estilo das marcas por três anos com contrato renovável automaticamente. A nova era dos conglomerados de moda e de luxo, com sua espécie de dança das cadeiras entre aquisições, joint ventures e fusões, com certeza trará muitas mudanças para o mercado de moda como o conhecemos atualmente. Entre desafios, vantagens e disputas pelo poder de ditar moda, o fato que é essa última da moda ainda está longe de sair dos holofotes e ainda vai dar muito o que falar!
Contribuição de Caroline