Livro A moda-vestuário e a ergonomia do hemiplégico
3 03UTC MAY 03UTC 2011
Um termo que pouco abordo por aqui é o da inclusão social na moda. Pessoalmente, sempre fui de fazer trabalho voluntário, fui ensinar vovós do asilo a desenharem, fui brincar com crianças de comunidades, fiz uns desenhos para o Instituto Médico Legal de BH pra ajudar a encontrar pessoas desaparecidas, estou fazendo curso de LIBRAS (língua do surdo; por sinal hoje tem aula…); mas são atividades isoladas, sem sequência na rotina. Minha consciência pesa porque eu podia estar fazendo alguma coisa a mais, em função da moda, pra sociedade… Esse blog é uma tentativa muito tímida diante das possibilidades… Mas, enfim, vamos ao assunto:
A bibliografia de moda para inclusão social é uma coisa isolada e rara. Ontem, passando numa das minha livrarias preferias, a Usina das Letras, notei um livro sobre ergonomia e modelagem para pessoas com algum tipo de paralisia.
Livro: A moda-vestuário e a ergonomia do hemiplégico
Autora: Maria de Fátima Grave
Editora: Escrituras
Sinopse: A moda pode contribuir para minorar o desconforto do hemiplégico, dada sua condição física?
A professora de Moda Fátima Grave acredita que sim e aprofunda o tema de sua tese de mestrado em seu livro A moda-vestuário e a ergonomia do hemiplégico, publicado pela Escrituras Editora. “Trata-se de um duplo problema”, explica Fátima Grave, “primeiro, de ergonomia, pois o hemiplégico tende a desenvolver uma atrofia do lado comprometido que, na maioria das vezes, está paralisado e gera repercussões de postura no lado não afetado; segundo, de moda, visto que não se trata de um vestuário com o objetivo apenas de abrigá-lo, mas também de fazê-lo sentir-se confortável em relação aos padrões sociais das pessoas com as quais convive.”
Com a falta de estudos que sintetizem e substanciem um vestuário adequado para esse segmento da população, o usuário não encontra tais peças à venda no mercado – daí a importância de pesquisas detalhadas sobre as áreas do corpo do deficiente hemiplégico.
Dessas preocupações nasceu este livro de Fátima Grave, baseado em pesquisas sobre as características da postura do deficiente físico hemiplégico. Com base nessas pesquisas e depois de estabelecer as definições específicas a respeito de sua condição física, caminhar-se-á para a apresentação de protótipos ergonomicamente ajustados.
Segundo destaca Fátima Grave, “aprofundando o trabalho, venho procurando o apoio de pessoas de diversas áreas: antropólogos, médicos, filósofos e outros especialistas que sustentem e solidifiquem uma nova visão para a moda, a qual deve começar a adotar novas técnicas de confecção de roupas para hemiplégicos que visem a integrá-los à sociedade.”
Contribuição de Tatiane Fernandes
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